domingo, 27 de dezembro de 2015

Entrevista - CBN - 27/12/15

"Palavra-chave para acordo da COP 21 foi flexibilidade"
"Segundo o advogado e autor do livro 'A humanidade contra as cordas', Eduardo Felipe Matias, as metas, no entanto, não são legalmente vinculantes, o que permitiu números mais ousados. Ele acompanhou a delegação brasileira no encontro internacional."

Link para minha entrevista para a rádio CBN sobre o Acordo de Paris, os resultados da COP-21 e o papel das empresas na promoção do círculo virtuoso da sustentabilidade:

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Retrospectiva 2015 - Conjur - 23/12/15

Retrospectiva 2015 - Área internacional




"Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos, foi a era da sabedoria, foi a era da insensatez...". Pego emprestada a abertura de “Um conto de duas cidades”, de Charles Dickens, para começar a minha já tradicional Retrospectiva na área internacional do ano que está acabando, para o Consultor Jurídico (link abaixo).

http://www.conjur.com.br/2015-dez-23/retrospectiva-2015-temporada-foi-trevas-luz-palco-internacional


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Artigo - Folha de S.Paulo - 15/12/15

COP21 traz sinal claro de que era de combustível fóssil chega ao fim

A primeira virtude do Acordo de Paris é seu caráter universal. O instrumento que substituirá o Protocolo de Kyoto não poderia cometer o mesmo erro deste último que, ao estabelecer obrigações de corte de emissões de gases de efeito estufa apenas para os países desenvolvidos – sequer sendo ratificado pelos Estados Unidos, maior emissor à época – não cumpriu a missão a que se propunha.
O reconhecimento por parte de 195 países, inclusive dos em desenvolvimento – como a China, hoje a maior emissora – de que, ainda que de forma diferenciada, compartilham a responsabilidade de combater as mudanças climáticas, aumenta as chances de que consigamos resolver esse problema e torna o Acordo histórico.
A chave do sucesso para atingir esse grau de inclusão pode ser resumida em uma palavra: flexibilidade. O consenso em Paris se construiu em cima de contribuições voluntárias nacionalmente determinadas (INDCs), em um processo “de baixo pra cima” que permitiu, a cada nação, definir quais metas poderia verdadeiramente assumir.
Também a fim de garantir maior adesão, não se conferiu o status de “legalmente vinculantes” às INDCs. Isso, somado a alguns resultados decepcionantes – como as tímidas disposições relativas ao financiamento –, poderia levar a uma visão pessimista do Acordo de Paris, não fosse pelo seguinte tripé em que este se apoia: ambição, revisão e transparência.
Ambição, porque se pretende conter o aumento da temperatura média global em bem menos do que 2ºC acima dos níveis pré-industriais, procurando não passar de 1,5ºC. A menção a esta última temperatura foi uma vitória dos pequenos países insulares e dos mais vulneráveis, que não poderiam se acomodar com um cenário em que estariam fadados a desaparecer ou a sofrer elevados prejuízos – nesse caso, a necessidade de aprovação por consenso pode ter servido, ao contrário do que costuma acontecer, para forçar a adoção de um denominador comum acima do que algumas nações, desfavoráveis a essa decisão, mas desejosas de um acordo, normalmente aceitariam.
Apesar dessa pretensão, as INDCs apresentadas são incapazes de impedir que a temperatura suba 2,7ºC ou mais. Assim, estas devem ser aperfeiçoadas de forma progressiva e comunicadas a cada 5 anos, por um mecanismo de revisão. O limite de 1,5ºC passa a ser um norte, e a sociedade deve começar a pressionar os governos desde já a melhorar suas metas para honrar o compromisso assumido em Paris.
Enfim, há que se ter confiança mútua de que cada país realmente efetuará as contribuições prometidas. Por isso, a transparência – será preciso medir, relatar e verificar o cumprimento das metas – é outro aspecto essencial previsto no documento.
Graças a esses três elementos, o Acordo de Paris confere uma sinalização clara de que a era dos combustíveis fósseis está chegando ao fim, dando lugar à nova economia de baixo carbono. Esse movimento, como ressaltaram vários líderes políticos na plenária final, é irreversível e irrefreável, o que já se depreendia da postura das entidades empresariais e da sociedade civil nos eventos paralelos da COP-21. O círculo virtuoso da sustentabilidade está em movimento, e a mensagem que veio de Paris contribuiu para acelerá-lo um pouco mais.
Link para o artigo:

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Entrevista - RecordNews - 01/12/15


Conferência de Paris (COP-21)


Link para minha entrevista para o Heródoto Barbeiro no Jornal da RecordNews, sobre a Conferência do Clima da ONU, em Paris (COP-21):

domingo, 29 de novembro de 2015

Entrevista - CBN - 29/11/15

COP-21


Minha entrevista para a rádio CBN sobre a Conferência da ONU sobre o Clima (COP-21) que se iniciou hoje em Paris:
"Acordos do clima criam um círculo virtuoso de sustentabilidade"
O professor Eduardo Felipe Matias, doutor em Direito Internacional pela USP, com pós-doutorado na Espanha pela IESE Business School, explica que, por mais que acordos não sejam obrigatórios, países e empresas se engajam em criar uma economia verde.
Link: 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Entrevista - CBN - 27/11/15

Desastre em Mariana e Responsabilidade Social Corporativa


A Humanidade contra as Cordas, sustentabilidade, a responsabilidade das empresas e o desastre ambiental em Mariana. Entrevista para a rádio CBN de Belo Horizonte:
Link para o áudio:

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Prêmio Jabuti - A humanidade contra as cordas - 19/11/15


A Humanidade contra as Cordas é um dos vencedores do Jabuti




O livro A humanidade contra as cordas: a luta da sociedade global pela sustentabilidade é um dos vencedores do Prêmio Jabuti de 2015. A obra ficou em 2º lugar na categoria Economia e Negócios – os três primeiros colocados ganham o troféu do Jabuti:
Criado em 1958, o Jabuti é o mais tradicional prêmio literário do Brasil e neste ano contou com 2.573 obras inscritas. O autor já havia vencido o Prêmio na edição de 2006 com o título A humanidade e suas fronteiras: do Estado soberano à sociedade global.
“A humanidade contra as cordas” trata de questões mais do que nunca em evidência neste momento em que o Brasil tenta entender as causas e lidar com os efeitos do desastre ambiental em Mariana e a comunidade internacional se prepara para celebrar um novo acordo global contra as mudanças climáticas na COP-21, em Paris.
O livro analisa o desafio socioambiental sob a ótica da crise financeira, mostrando que se originam da mesma mentalidade predatória e dos mesmos incentivos perversos. Ao relacionar a sustentabilidade à globalização, o autor disseca a natureza e a governança corporativa das empresas, explicando como estas podem ser pressionadas e persuadidas a se tornarem, elas mesmas, agentes transformadores. Avalia também o papel do Estado e sua responsabilidade em criar, inclusive por meio de instrumentos internacionais, estímulos capazes de reverter o quadro atual e promover a economia verde, e analisa os diversos mecanismos – com o uso das redes sociais, a tributação das emissões de carbono e o estímulo a inovação tecnológica – que podem contribuir para uma governança global mais efetiva.
Resenhas, artigos e entrevistas sobre o livro estão disponíveis no blog

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Entrevista - Rádio Estadão - 14/09/15

Brasil é o país mais fechado do G20

Minha entrevista para a Radio Estadão sobre a recente pesquisa da International Chamber of Commerce (ICC) que mostra o Brasil como o país mais fechado do G20 e que conclui ainda que, mesmo com as promessas de habilitar o comércio exterior como motor de crescimento e gerador de empregos, as economias do G20 não estão conseguindo demonstrar liderança global na abertura comercial:

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Matéria - Valor Econômico - 18/08/15

Precificação do carbono é conceito que ganha força



Link para matéria no jornal Valor Econômico sobre a precificação do carbono, conceito que vem ganhando força nas últimas reuniões internacionais sobre o combate às mudanças climáticas, com a minha participação:

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Artigo - DCI - 14/08/15


TI, OMC e o Brasil



Segue link para meu artigo no Diário do Comércio, Indústria e Serviços, sobre a atualização do acordo internacional de tecnologia da informação (ITA) da Organização Mundial do Comércio, que elimina tarifas de importação de mais de 200 produtos de informática e eletrônicos, e o Brasil:

terça-feira, 28 de julho de 2015

Artigo - Valor - 06/08/15



A grande convergência



Segue link para meu artigo no jornal Valor Econômico, sobre os sinais de que começa a haver um consenso sobre a urgência de se combater as mudanças climáticas e a necessidade de se estabelecer uma grande convergência a favor da sustentabilidade: 

Entrevista - Jornal da Cultura - 28/07/15

O Acordo de Tecnologia da Informação da OMC e o Brasil
Link para reportagem no Jornal da TV Cultura sobre a atualização do acordo de tecnologia da informação da Organização Mundial do Comércio que zera as tarifas de importação de 201 produtos, cujo comércio é estimado em US$ 1,3 trilhão por ano, e o Brasil (com minha participação no minuto 2:20):

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Entrevista - Bom Dia Brasil - 24/07/15


Brasil não vai participar de acordo internacional para baratear eletrônicos


Link para reportagem no telejornal Bom Dia Brasil da Rede Globo, sobre a atualização do acordo internacional de tecnologia da informação (ITA) da Organização Mundial do Comércio, que elimina tarifas de importação de mais de 200 produtos de informática e eletrônicos (com minha participação em entrevista no minuto 3:25):


sexta-feira, 19 de junho de 2015

Artigo - Folha de S.Paulo - 14/06/15

G7 sugere caminhos importantes para mitigar mudanças climáticas

A declaração do G7 no início desta semana surpreendeu pela ênfase no combate às mudanças climáticas e pelo compromisso de se livrar dos combustíveis fósseis até o final deste século.

Como sempre, resultados desse tipo podem ser encarados como um copo meio cheio ou meio vazio.

Os pessimistas dirão – não sem razão – que declarações como essa, se não vierem acompanhadas de um plano de ação, podem não passar de palavras vazias. Praticamente todas as últimas reuniões do G7 ou do G8 terminaram destacando a importância de se deter o aquecimento global. Também o G20 tem reiterado o mesmo compromisso em seus sucessivos encontros e chegou, logo após a crise financeira de 2008, a levantar a bandeira de um “Green New Deal” global que promoveria a recuperação econômica por meio de pacotes de estímulo fiscal baseados em investimentos sustentáveis.

Na prática, no entanto, isso não se verificou. Poucos países dedicaram parte substancial de seus gastos para promover uma economia verde – apenas 16% dos quase US$ 3 trilhões aplicados ao redor do mundo poderiam ser assim classificados. A retórica, nessa ocasião, não se confirmou, e o esforço de retomada caracterizou-se, na verdade, por outra expressão em inglês: business as usual.  

Logo, deve-se cobrar os países do G7 para que os compromissos de redução de emissões que terão de apresentar em tempo de serem aprovados até a Conferência das Partes da Convenção do Clima a ser realizada em dezembro, em Paris, sejam compatíveis com os objetivos alardeados em sua declaração.

Há, porém, uma metade cheia do copo. A declaração do G7 vem se somar ao acordo de novembro do ano passado em que China e Estados Unidos aceitaram assumir metas de redução de emissões, cooperando para um clima de consenso sem o qual, é preciso lembrar, não há acordo no âmbito das negociações na ONU.

Indo um pouco além, o G7 dedica, por exemplo, um bom espaço em sua declaração às "cadeias de fornecimento responsáveis", reconhecendo o papel das empresas que devem exigir práticas sustentáveis de seus fornecedores. Isso faz lembrar que, além dos inúmeros acordos e declarações em que a comunidade internacional assume o desenvolvimento sustentável como objetivo, deve-se ter em conta também a ação dos atores privados da sociedade global, que colaboram para o surgimento de normas, diretrizes, instituições e princípios que começam a dar origem a um sistema jurídico próprio – um verdadeiro “Direito Internacional da Sustentabilidade” que não pode ser mais ignorado.

O clima está mudando. Há uma consciência crescente de que a manutenção do modelo atual nos levará ao desastre – o que torna a sustentabilidade uma tendência inexorável. Declarações como a do G7 não são desprovidas de valor. Principalmente se elas contribuírem para a grande convergência que precisamos atingir até dezembro deste ano, quando veremos se a comunidade internacional está à altura do desafio de deter as mudanças climáticas.



quarta-feira, 22 de abril de 2015

Entrevista - revista Página 22 - abril de 2015

Tudo ao mesmo tempo agora

 por AMÁLIA SAFATLE E MAGALI CABRAL

Processos marcados pela diversidade de atores e papéis correm em paralelo à governança global oficial, integrando o que o advogado Eduardo Felipe Matias chama de círculo virtuoso da sustentabilidade.



Mais que fichas, muita esperança é depositada na Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima a se realizar em Paris ao fim deste ano. Embora relevante pela legitimidade e poder de abarcar cerca de 200 países, a governança global da sustentabilidade limita-se cada vez menos a este arcabouço oficial das Nações Unidas. Processos marcados pela diversidade de atores e papéis correm em paralelo, integrando o que o advogado Eduardo Felipe Matias chama de círculo virtuoso da sustentabilidade, alimentado pela globalização em um ritmo turbinado pela tecnologia das redes.

Nessa nova geometria, o formato circular toma espaço das estruturas piramidais, hierárquicas, e ultrapassam o contorno das fronteiras nacionais. Novas regras, instituições e, mais que isso, articulações são formadas, fazendo emergir um direito internacional da sustentabilidade. Sua função será ajudar a apertar os botões todos dessa nova governança, agora e ao mesmo tempo – até porque o enfrentamento dos desafios globais, como o da mudança do clima e da agenda de desenvolvimento sustentável, exige muita celeridade, com participação difusa e conjunta.

Clique AQUI para ler a entrevista na íntegra no site da revista Página 22, do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Entrevista - InfoMoney - 31/03/15

“O Brasil está perdendo o bonde da economia mundial”


Link para minha entrevista para José Márcio Mendonça no programa Na Real, da InfoMoney-Bloomberg, discutindo investimento estrangeiro e comércio exterior:

segunda-feira, 9 de março de 2015

Desafios da Sustentabilidade - Dukascopy TV - 19/03/15

DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE

Entrevista para a Dukascopy TV sobre os desafios da sustentabilidade para as empresas: 

Artigos - Direito Internacional da Sustentabilidade - jan/fev 2015

O Direito Internacional da Sustentabilidade

Link para meu artigo sobre o Direito Internacional da Sustentabilidade, originalmente publicado na revista Consulex:

Também publicado no site Envolverde:

http://envolverde.com.br/sociedade/o-direito-internacional-da-sustentabilidade/

E para versão simplificada publicada no site Consultor Jurídico:

http://www.conjur.com.br/2015-jan-21/eduardo-matias-urgencia-criacao-direito-sustentabilidade

Coluna Míriam Leitão - O Globo - entrevista Eduardo Felipe Matias - 18/02/2015

Fora da Rede


Um mistério ronda o comércio externo brasileiro. Por que as exportações não vão elevar o PIB, se o real está mais fraco e o mundo vai crescer mais? O ceticismo sobre o impacto positivo do câmbio e do crescimento mundial no comércio vem do fato de o Brasil ter poucos acordos bilaterais, continuar amarrado ao Mercosul e não participar das grandes cadeias mundiais de produção.
O Brasil está fora da rede. Com o sétimo maior PIB nominal do Mundo — até o último ranking divulgado — o Brasil é só o 22º maior exportador. Nossas vendas para o exterior representam apenas 1,3% do total vendido no mundo. A corrente de comércio brasileira é 21% do nosso PIB, o mesmo nível de 10 anos atrás. O Brasil continua sendo um país fechado.
As projeções para 2015 são de estagnação do PIB, com risco de recessão. O consumo está perdendo força, as incertezas suspenderam projetos de investimento. Em pouco mais de três anos, o real perdeu 52% do valor em relação ao dólar. Em janeiro de 2012, a moeda americana valia R$ 1,86, segundo dados do Banco Central. No fechamento da última sexta-feira, foi cotado a R$ 2,83. Essa queda é boa para quem exporta porque torna o produto brasileiro mais barato no exterior. Apesar disso, ninguém espera um grande impulso nas exportações este ano.
— O Brasil tem apenas três acordos bilaterais de comércio firmados, e apenas um está em vigor, com Israel. Tem poucos acordos bilaterais de investimento e poucos tratados que evitam a bitributação entre países. Não faz parte da OCDE e não integra o Centro Internacional para Resolução de Disputas de Investimento. Tudo isso explica por que não vamos conseguir crescer pelo canal das exportações — diz Eduardo Felipe Matias, doutor em direito internacional pela USP e autor de livros sobre globalização, sustentabilidade e comércio internacional.
Os números mostram como o Brasil fez pouco para ampliar sua rede de parceiros comerciais. Ficou acomodado durante o período de alta dos preços das commodities, que agora entraram em fase de declínio. Enquanto tem apenas três acordos bilaterais de comércio, o Chile tem 21; o Peru, 16; México, 13; e a Colômbia, 12, segundo dados de 2013 da OMC.
Há ainda acordos mais amplos, como o firmado por México, Chile, Peru e Colômbia, na Aliança do Pacífico, uma zona de livre comércio entre eles. Em outras partes do mundo, EUA e Europa negociam a Parceria Transatlântica. Além disso, EUA, Japão, Canadá, Austrália, México e Chile, entre outros, negociam a Parceria Transpacífica.
De tratados que evitam a bitributação, reduzindo custos e estimulando a internacionalização de empresas, o Brasil tem 29 fechados. Nenhum deles assinado de 2009 para cá, segundo Eduardo Matias. Não temos tratados com EUA e Alemanha, duas das maiores potências comerciais do mundo. Já a China possui 98, e a Índia, 86. Quando o tema são os acordos bilaterais de investimento, que dão segurança ao investidor estrangeiro, o Brasil também tem ficado para trás. Há apenas 14 assinados, e nenhum ratificado. A China possui 130; a Rússia, 73; e a Índia, 84.
— Os acordos são muito amplos e vão estabelecendo uma rede jurídica que dá proteção e segurança a vários tipos de assuntos, como propriedade intelectual, governança corporativa, movimentação de capitais, sustentabilidade. Estabelecem órgão internacionais de arbitragem. O Brasil não está participando dessas discussões, que definem padrões. Para se inserir nas grandes cadeias mundiais de produção, é preciso estar dentro de certas normas — explicou Matias.
De 2011 a 2014, as exportações brasileiras caíram 12%, de US$ 256 bilhões para US$ 225 bi. O saldo comercial, que já foi de US$ 46 bilhões em 2006, virou déficit de US$ 4 bilhões no ano passado. O período de boom das matérias-primas ficou para trás, com preços menos favoráveis para o minério de ferro e a soja.
Não foi por falta de aviso. Inúmeros especialistas alertaram para a necessidade de negociação de acordos de comércio. O Brasil preferiu esperar pelo sucesso da Rodada Doha, que não veio, aceitar todas as limitações que a Argentina impôs às negociações brasileiras. Hoje, a Argentina está cada vez mais próxima da China, que passou o Brasil no comércio com o nosso vizinho.
É preciso repensar a estratégia comercial do país